A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) conclui até ao final do mês a análise das propostas técnicas recebidas para a construção de refinarias em Angola, garantiu segunda-feira, em Benguela, o presidente do conselho de administração da estatal.
Carlos Saturnino, que acompanhava o Presidente João Lourenço numa visita às infra-estruturas de apoio à construção da futura refinaria do Lobito, cujas obras se encontram paralisadas desde 2016, em consequência da crise económica, disse que o grupo que está a trabalhar nessa matéria deve terminar até ao final deste mês a análise das 23 propostas recebidas e, de seguida, submeter um relatório ao governo.
O mesmo responsável disse ainda que, de acordo com a última actualização feita no dia 10 de Fevereiro, há um total de 23 propostas repartidas entre o projecto do Lobito e o de Cabinda, além de uma série de intenções relacionadas com a prestação de serviços em termos de engenharia e construção.
A Sonangol informou através de um comunicado emitido a 1 de Fevereiro corrente ter recebido 63 propostas técnicas, económicas e financeiras por parte de empresas tanto nacionais como estrangeiras para a construção de refinarias no país.
Carlos Saturnino defendeu ser necessário fazer uma revisão geral do projecto relacionado com a refinaria do Lobito para que haja uma redução pela metade do valor inicial que então rondava 12 mil milhões de dólares, de acordo com a agência noticiosa Angop.
A futura refinaria, que estava a ser erguida desde Janeiro de 2013, um mês depois de lançada a primeira pedra, fica localizada no morro da Quileva, a 10 quilómetros da cidade do Lobito, numa área de 3805 hectares, e previa então processar diariamente cerca de 200 mil barris de petróleo.
O Presidente da República criou em Dezembro de 2017 um grupo de trabalho composto por membros do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos e da Sonangol para que, no prazo de 60 dias, fosse analisado e dado o devido tratamento às propostas para a construção de refinarias em Angola.
Angola é actualmente o segundo maior produtor de petróleo em África, depois da Nigéria, e garante mais de 1,6 milhões de barris de petróleo/dia. (Macahub)