O crescimento do Produto Interno Bruto de Moçambique manter-se-á fraco em 2018/2019, com uma taxa média de 3,3%, devido à fraca procura interna e ao reduzido investimento, escreveram os analistas da Economist Intelligence Unit (EIU) no seu mais recente relatório sobre o país.
“Prevemos um crescimento económico mais robusto a partir dos dois anos mencionados, que será empurrado por indústrias centradas na exportação, como é o caso da relacionada com a exploração de grandes depósitos de gás natural”, adianta o documento.
A EIU prevê que a partir de 2020 e até 2022 a economia de Moçambique cresça a uma taxa média de 5,4%, com um máximo de 5,6% em 2022 e um mínimo de 5,3% em 2020, mantendo-se a taxa de inflação ao longo desses anos no intervalo compreendido entre 5,1% e 6,0%.
O relatório volta a afirmar que Moçambique vive uma crise de liquidez, desencadeada por uma dívida externa excessiva e pelo congelamento dos apoios ao desenvolvimento por parte dos parceiros agrupados no chamado Grupo dos 14.
“A crise de liquidez continuará a ter um grande impacto na evolução dos indicadores macro-económicos, a que se adiciona o facto de o país estar impedido de recorrer a praticamente todos os mercados externos para se financiar devido à incapacidade em cumprir o serviço da dívida”, pode ler-se.
Os analistas da EIU adiantam que o relacionamento com os países do apoio programático mantém-se tenso, não sendo de esperar que a médio prazo possam ser retomados os níveis de apoio orçamental pré-revelação dos empréstimos contraídos à revelia da legislação em vigor. (Macauhub)