O Banco de Moçambique sancionou 15 instituições bancárias que operam no país por infracções diversas, nomeadamente à lei de prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, com multas que excedem em conjunto 158 milhões de meticais (2,5 milhões de dólares), informou o banco central em comunicado divulgado segunda-feira.
No comunicado e respectiva tabela, o banco central não pormenoriza os motivos de cada uma das sanções aplicadas, referindo apenas que dizem respeito quase na totalidade aos exercícios de 2015 e 2016.
O Banco Único, que foi sancionado com a multa de valor mais elevado – 32 milhões de meticais – devido a infracções à lei de prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, foi ainda punido com duas outras multas de 400 mil meticais cada por infracções à Lei das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras.
Este banco é controlado pelo sul-africano Nedbank, com 50% mais uma acção do capital social, sendo o segundo maior accionista (30,23%) a Gevisar SGPS, uma parceria entre os grupos portugueses Visabeira e Corticeira Amorim.
O Banco de Moçambique aplicou também quatro multas de 24 milhões de meticais cada aos bancos Moza, Comercial e de Investimentos (BCI), Internacional de Moçambique (BIM) e Barclays.
O banco Moza é controlado em 84,6% pela Kuhanha, a sociedade gestora do Fundo de Pensões do Banco de Moçambique, o BCI é detido em 51% pelo banco estatal português Caixa Geral de Depósitos e em 30% pelo Banco BPI, enquanto o Millennium Bim é detido em 66,6% pelo Banco Comercial Português.
O Banco Mais e o United Bank of Africa (UBA) foram sancionados com multas de 12 milhões de meticais cada, tendo as restantes instituições bancárias sancionadas sido punidas com multas de menor valor. (Macauhub)