A China e o Japão são os países que Angola vai contactar a fim de solicitar apoio para proceder ao relançamento da cultura do algodão, um projecto integrado no programa de diversificação da economia, pode ler-se num artigo publicado no China-Lusophone Brief (CLBrief), um serviço de informação sobre a China e os países de língua portuguesa.
O artigo reproduz declarações do secretário de Estado angolano da Agricultura, Carlos Alberto Jaime, feitas à margem da visita do vice-presidente da República à feira agrícola da província de Malange.
O secretário de Estado adiantou que estão já a ser cultivados 10 mil hectares de algodão ao longo do perímetro do Pólo Agro-industrial de Capanda localizado no município de Cacuso e na região da Baixa de Cassange, uma extensa área algodoeira, a leste de Malange, antes da independência do país.
Carlos Alberto Jaime reconheceu que o sector empresarial em Malange perdeu alguma pujança desde o início da crise económica, em 2014, com reflexos na baixa produção das empresas agrícolas, tendo garantido que o Ministério da Agricultura pretende apoiar os empresários para que, com a participação das famílias camponesas, seja possível regressar aos números já registados na produção de algodão.
O programa montado pelo governo de recuperação, ampliação e apetrechamento das indústrias têxteis em Angola contou com o financiamento de uma linha de crédito do governo do Japão e contempla três grandes fábricas, a Textang II, na capital do país, a Sociedade Angolana de Tecidos Estampados Comerciais (Satec), localizada na província do Cuanza Norte e a Alassola em Benguela. (Macauhub)