O ajustamento cambial do kwanza vai ser mantido, “sendo satisfatórios os resultados alcançados até ao momento”, disse quarta-feira em Luanda o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), à margem da discussão na especialidade na Assembleia Nacional de duas propostas legislativas para o repatriamento de capitais angolanos no exterior.
Desde a introdução do novo regime de câmbios flutuantes, em Janeiro, o kwanza já perdeu mais de 32% do seu valor face ao euro, que passou a ser a moeda estrangeira de referência para Angola, atendendo à dificuldade do país em obter dólares.
“Estamos muito satisfeitos com o que já aconteceu, quer no que respeita ao acesso à moeda pelas empresas, que está mais aberto, mais generalizado, que há largos meses, nalguns casos até anos, não conseguiam fazer qualquer transacção e actualmente já fazem algumas”, referiu José de Lima Massano, citado pela imprensa local.
O governador salientou que o diferencial entre os câmbios formal e informal tem tendência a reduzir-se, situando-se em cerca de 70% contra os mais de 150% quando a Comissão de Política Monetária do banco central angolano decidiu adoptar o novo regime.
José de Lima Massano informou ter ficado concluída na passada semana a primeira fase do processo de reconhecimento de tudo o que são responsabilidades, sobretudo de empresas, em relação ao exterior por regularizar, situações pendentes que decorrem de vários exercícios económicos. (Macauhub)