A banca angolana concedeu 900 milhões de dólares em créditos ao abrigo do programa Angola Investe entre 2013 e 2017 para a execução de 515 projectos, anunciou quarta-feira em Luanda o secretário de Estado para Economia, Sérgio dos Santos.
O secretário de Estado, que falava à margem da abertura do primeiro Congresso da Produção Nacional, encontro promovido pela Confederação Empresarial de Angola (CEA), disse que o Estado desembolsou 450 milhões de dólares para pagar a bonificação dos juros, para criar o fundo de garantia de crédito e o Fundo Activo de Capitais de Riscos Angolano (FACRA).
Depois de considerar “satisfatórios” os dados do Angola Investe, Sérgio dos Santos adiantou esperar que, apesar do contexto de dificuldades em que o país se encontra, o programa atinja melhores resultados no quinquénio 2018/2022, a fim de permitir que o sector não-petrolífero da economia cresça a uma taxa de 5,1% ao ano.
O secretário de Estado reconheceu a existência de vários constrangimentos no que diz respeito ao acesso ao crédito, uma situação em que os bancos apontam a falta da qualidade dos projectos em investimento, conhecimento do próprio empresário para colocar no papel e poder sustentar os mesmos, como justificação para a não cedência de crédito.
Para procurar solucionar estas questões, concretamente a falta de conhecimentos, de garantias e a amortização dos encargos financeiros, o governo tem programas específicos, caso do Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (Inapem), que está a trabalhar com as empresas no sentido de dar formação aos empresários.
Sérgio dos Santos adiantou que o governo está a estudar a possibilidade de fundir, em Julho próximo, o Inapem com Instituto de Fomento Empresarial, duas instituições que estão a trabalhar no sentido de formar os empresários, de acordo com dar formação aos empresários. (Macauhub)