O processo de emissão de dívida pública por Portugal no mercado da China, através de obrigações Panda, ou dívida contraída por entidades estrangeiras em moeda chinesa, encontra-se na sua fase final, disse recentemente o ministro das Finanças, Mário Centeno.
O governo português pretende angariar até 380 milhões de euros (cerca de 3000 milhões de yuans) em obrigações na moeda chinesa, uma operação que tem estado a ser trabalhada há mais de um ano, na sequência da visita do ministro das Finanças a Pequim realizada em Maio de 2017.
Em Setembro desse mesmo ano, Portugal anunciou a emissão de dívida pública em moeda chinesa e nomeou o Banco da China, HSBC e o banco estatal Caixa Geral de Depósitos para trabalharem na emissão das obrigações panda autorizadas por Pequim.
Nessa ocasião, o ministro Mário Centeno anunciou que as obrigações a emitir seriam a um prazo de cinco anos.
Portugal tornou-se um dos principais destinos de investimento chinês na Europa, tendo empresas da China adquirido partes significativas da EDP – Energias de Portugal, Redes Energéticas Nacionais (REN) e companhia de seguros Fidelidade, por exemplo.
Em Maio passado, o grupo estatal China Three Gorges lançou uma Oferta Pública de Aquisição para obter o controlo accionista dos grupos EDP – Energias de Portugal e EDP Renováveis, operação que vai exigir, se bem sucedida, a um esforço financeiro de mais de 10 mil milhões de euros. (Macauhub)