A ligação entre os sectores bancário e segurador, que já acontece em outros países, começa a ser uma realidade em Angola, o que representa uma vantagem na atracção de mais clientes para o mercado de seguros, disse sexta-feira o presidente da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (Arseg).
Aguinaldo Jaime, ao falar no programa Grande Entrevista da TV Zimbo, adiantou que os bancos comerciais começam a compreender que é positivo manter uma aliança com o sector de seguros, tendo diversas instituições bancárias iniciado já o processo de criação das suas próprias companhias de seguros.
O presidente da Arseg acrescentou que o capital social de 10 milhões de dólares, necessário para a abertura de uma companhia de seguros em Angola, constitui um valor significativo, tendo em conta o contexto de crise que o país atravessa.
Salientou, no entanto, haver empresários angolanos dispostos a aplicar as suas poupanças na criação de novas seguradoras, uma iniciativa que o órgão regulador dos seguros aplaude, por demonstrar confiança no futuro da economia.
A actividade de seguros em Angola existe desde 1922 e no final do período colonial havia 26 seguradoras licenciadas, número que se situa de momento em 27 companhias que operam nos ramos vida e não-vida.
O sector inclui 56 sociedades de mediação e corretagem, 56 sociedades de mediação e corretagem, 399 angariadores de seguros e seis sociedades gestoras de fundos de pensões e três companhias seguros que gerem, em conjunto, 26 fundos, segundo a página eletrónica da Arseg.
A ARSEG está a trabalhar na criação de condições para a entrada em funcionamento, ainda este ano, da Empresa Nacional de Resseguros (AngoRe,), que deverá reter uma boa parte dos riscos que são cedidos ao mercado internacional de resseguro. (Macauhub)