Dois projectos de investimento de empresas da China no Brasil foram confirmados no período de Julho/Agosto, enquanto outros dois foram anunciados, informou fonte ministerial em Brasília.
O mais recente boletim bimestral de investimentos chineses no Brasil divulgado pela Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério do Planeamento, Desenvolvimento e Gestão informou igualmente que entre projectos confirmados e anunciados o investimento atinge 78,3 milhões de dólares.
O grupo Fosun investiu 52 milhões de dólares, confirmados, na aquisição da sociedade de corretagem Guide, ao passo que a GsPAK, empresa especializada em embalagens para alimentos, anunciou um investimento num projecto de raiz que prevê a criação de 400 postos de trabalho no Estado de Alagoas.
Os outros dois projectos, um confirmado e umn anunciado, em ambos os casos sem montante a investir divulgado, dizem respeito às empresas Sanxing Electric, do grupo AUX, e Bitmain, produtora de equipamento para mineração de moedas virtuais.
A Sanxing Electric aplicou um montante não divulgado na compra da participação de 49% ainda não detida da empresa mineira Nanssen.
A Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério do Planeamento, Desenvolvimento e Gestão revelou que aquando da aquisição da participação de 51% a empresa chinesa terá pago cerca de 30 milhões de reais (cerca de oito milhões de dólares).
A Bitmain, por seu turno, anunciou a abertura ainda em 2018 de um escritório no Brasil para expandir os seus negócios, não tendo divulgado o montante a investir no país.
A Secretaria de Assuntos Internacionais informou, por outro lado, que já após o fecho do boletim de Julho/Agosto foi conhecido o cancelamento de um investimento referente ao ano de 2017 no valor de 60 milhões de reais (cerca de 16,2 milhões de dólares), em que o grupo HNA iria comprar a participação de 31% do grupo Odebrecht no consórcio RioGaleão.
Anunciado em Julho de 2017 como tendo ficado concluído, a participação de 31% detida pela Odebrecht Transport, o braço logístico do grupo brasileiro Odebrecht, acabou por ser comprada pela Changi Airports International, operadora do aeroporto de Singapura, sendo que os restantes 49% estão aos mãos da estatal Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), criada em 1972 para operar os principais aeroportos comerciais do país. (Macauhub)