O número de cidadãos chineses a residir em Angola baixou de 353 mil para 73 mil registados em Julho último, segundo números da Câmara de Comércio Angola-China (CCAC) citados pelo jornal angolano Valor Económico.
O jornal escreve que a razão para uma quebra desta dimensão está na crise económico/financeira que se regista em Angola bem como pelos actos de violência praticados sobre nacionais da China.
Essa redução fez que com o cartão chinês de pagamento internacional UnionPay, lançado há cinco meses no mercado angolano, não esteja a corresponder às expectativas da Empresa Interbancária de Serviços (Emis).
Duano Silva, assessor do conselho de administração da Emis, disse ao jornal que os resultados ficaram muito abaixo do esperado, com o cartão a registar uma média mensal de apenas 30 transacções.
“A crise financeira é uma das causas para o número diminuto de transacções, visto que havendo menos cidadãos chineses há menos pessoas a utilizar os cartões UnionPay”, disse ainda o assessor.
O cartão chinês de pagamento internacional foi lançado em Angola a pensar nas pessoas, neste caso os cidadãos chineses, que poderão permanecer pouco tempo no país e que em consequência não dispõem de um cartão emitido pelos bancos locais.
O cartão UnionPay chegou a Angola através de um acordo entre a Emis e a Union Pay International (UPI), podendo ser utilizado em todas as caixas ATM registadas na empresa angolana, actualmente cerca de três mil. (Macauhub)