O governo de Moçambique está disponível para colaborar com os órgãos de justiça na investigação das chamadas dívidas ocultas, garantiu o Presidente Filipe Nyusi quarta-feira em Maputo, ao usar da palavra numa recepção ao corpo diplomático acreditado no país, segundo a imprensa local.
“Reiteramos a nossa disponibilidade como Governo para continuar a colaborar com as instituições de justiça para o desfecho do processo”, disse o chefe de Estado moçambicano, na sua primeira intervenção pública sobre o processo depois da detenção do antigo ministro das Finanças Manuel Chang, a 29 de Dezembro na África do Sul.
Filipe Nyusi adiantou ser importante que se dê espaço para que as instituições de justiça que investigam o caso trabalhem de forma autónoma, tendo apelado aos moçambicanos que “continuem a aguardar com serenidade o desfecho do processo.”
O ex-ministro das Finanças de Moçambique, três ex-banqueiros do banco Credit Suisse e um intermediário da Privinvest foram detidos em diferentes países desde 29 de Dezembro a pedido da justiça dos Estados Unidos.
Segundo a acusação, as dívidas ocultas garantidas pelo Estado moçambicano entre 2013 e 2014 para três empresas de pesca e segurança marítima terão servido de base para um esquema de corrupção e branqueamento de capitais, com vista ao enriquecimento de vários suspeitos. (Macauhub)