Empresários dos EUA querem mais segurança antes de investir em Moçambique

28 January 2019

Moçambique deve acelerar o processo de reconciliação entre a Frelimo e a Renamo e melhorar os mecanismos de combate à corrupção a fim de atrair mais investidores e ser mais competitivo em África, disse em Maputo o encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos da América.

Bryan Hunt disse ainda haver alguns pontos que devem ser ultrapassados para melhorar o ambiente de negócios, como sejam a competitividade, corrupção e segurança nacional.

A 12.ª cimeira de negócios EUA-África está agendada para 18 a 21 de Junho próximo, com a capital moçambicana, Maputo, como anfitriã, evento que para o governo de Moçambique é uma oportunidade para colocar o país no mapa dos maiores destinos de investimentos norte-americanos no continente africano.

“Moçambique não é o maior mercado de África, não é o mais populoso, nem é o que tem o crescimento mais acelerado, pelo que tem de estar entre os mais competitivos, para poder ter sucesso na transformação do potencial que a cimeira oferece em resultados visíveis para os povos moçambicano e americano”, disse o encarregado de negócios, citado pela imprensa moçambicana.

Pelo que, prosseguiu Hunt, o governo moçambicano e o sector privado devem iniciar reformas suficientes ao longo dos próximos seis meses para se posicionarem como destino de investimento competitivo e emergente antes da cimeira de Junho.

O encarregado de negócios norte-americano reconheceu que o progresso que Moçambique tem alcançado na cessação do longo conflito entre a Frelimo e a Renamo é “impressionante”, mais precisou que os investidores americanos querem mais.

“Os investidores precisam de ter garantias de que existe um verdadeiro esforço nacional para abordar e travar o extremismo violento recente que interrompeu a paz na província de Cabo Delgado e para estancar as influências e actividades de grupos criminosos organizados”, salientou. (Macauhub)

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