O Banco Nacional de Angola (BNA) revogou a autorização para o exercício de actividade bancária ao Banco Angolano de Negócios e Comércio (BANC), devido à incapacidade dos accionistas em mobilizarem o capital necessário para cumprir os requisitos mínimos legais, informou o banco central angolano em comunicado.
O BANC havia sido sujeito a uma intervenção do Banco Nacional de Angola, decidida em 26 de Junho de 2018, após se ter verificado uma degradação significativa dos indicadores financeiros e a incapacidade da instituição de enfrentar as suas responsabilidades no sistema de pagamentos nacional.
A intervenção do Banco Nacional de Angola confirmou a existência de um modelo de governação inadequado face aos riscos incorridos e graves deficiências financeiras, resultando na falência técnica do BANC.
No final de 2018, o capital social realizado era de 4346 milhões de kwanzas e os fundos próprios regulamentares eram negativos em 19 639 milhões de kwanzas, exigindo um aumento de capitais não inferior a 24 mil milhões de kwanzas.
O Banco Angolano de Negócios e Comércio (BANC) tinha como principais accionistas o político e general Kundi Paihama e a Caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas.
O BNA anunciou no início do ano ter procedido à revogação das licenças do Banco Mais e do Banco Postal, devido ao facto de não terem procedido ao aumento do capital social para o mínimo de 7,5 mil milhões de kwanzas. (Macauhub)