Um empréstimo de valor superior a 10 mil milhões de yuans (1450 milhões de dólares) concedido pela China a um país de língua portuguesa foi processado em Macau em 2018, disse quinta-feira o secretário para a Economia e Finanças.
Leong Vai Tac salientou que algumas modalidades de empréstimos concedidos a países de língua portuguesa passaram a ser processadas em Macau, na sequência da assinatura de vários acordos entre o governo do território e os bancos da China e Industrial e Comercial da China.
O secretário disse ser esta uma tendência que irá continuar e o facto de haver mais reuniões de individualidades dos sectores bancário e financeiro, em Macau, bem como a conclusão gradual das infra-estruturas locais, contribuem não só para um maior desempenho do papel de plataforma de prestação de serviços financeiros entre a China e aqueles países como também de Centro de Liquidação de RMB para os Países de Língua Portuguesa.
Leong garantiu que Macau está empenhado no desenvolvimento do sector financeiro com características próprias, bem como no incentivo aos países de língua portuguesa na realização de transacções, em Macau, de actividades financeiras e empréstimos e disse acreditar que, comparado ao comércio de alimentos, o investimento, as actividades financeiras e a emissão de obrigações, entre outras actividades, irão promover uma maior quantidade de liquidação em moeda chinesa.
O secretário salientou, por outro lado, ter o governo de Macau aplicado 400 milhões de dólares no Fundo de Cooperação e Desenvolvimento China e Países de Língua Portuguesa, tendo os restantes 600 milhões sido garantidos pelo Banco de Desenvolvimento da China.
Disse também que na sequência da transferência da sede do Fundo para Macau, o governo reduziu, por um lado, os requisitos necessários para a aprovação de projectos e alterou a importância que o Fundo dava apenas aos projectos de investimento de empresas da China interior e de Macau em países de língua portuguesa, passando haver um maior incentivo ao investimento mútuo.
“O motivo desta alteração deve-se à entrada do desenvolvimento nacional numa nova etapa, atraindo, assim, mais empresas dos países de língua portuguesa interessadas no mercado chinês”, precisou. (Macauhub)