Macau pode utilizar as vantagens que possui decorrentes da língua, cultura e rede de contactos, no sentido de apoiar os países de língua portuguesa a aproveitarem as oportunidades do desenvolvimento da Grande Baía e do mercado chinês nomeadamente ao nível da prestação de serviços financeiro, disse o secretário para a Economia e Finanças de Macau.

Leong Vai Tac, ao falar durante a Conferência dos governadores dos bancos centrais e dos quadros da área financeira entre a China e os países de língua portuguesa (Macau), que decorreu no final do Maio em Macau, disse que o encontro iria permitir o estreitamento da cooperação do sector financeiro, a utilização do yuan como moeda de reserva, o processo de internacionalização do yuan e o desenvolvimento da cooperação no âmbito da formação de especialistas na área financeira.

O secretário da Economia e Finanças lembrou que sendo Macau uma das 11 principais cidades da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau possui oportunidades que devem ser exploradas, nomeadamente o papel do território como plataforma no relacionamento entre a China e os países de língua portuguesa.

O Plano da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau aponta para a construção em Macau de uma plataforma de prestação de serviços financeiros entre a China e os países de língua portuguesa, de um Centro para a Regularização das Transacções em Yuans para os países de língua portuguesa, para o estudo da viabilidade de criar em Macau um mercado de valores mobiliários denominados em yuans e uma plataforma de finanças verdes.

“Macau está a tentar, através da cooperação com estabelecimentos de ensino superior, aproveitar as áreas de especialidade e a experiência dos peritos chineses na área financeira para proporcionar acções de formação para quadros provenientes dos países de língua portuguesa, criando assim condições para que Macau possa constituir um centro de formação para o sector” disse.

Leong Vai Tac referiu ainda esperar que Macau possa prestar serviços relacionados com a emissão de obrigações, contribuindo para o aumento do número de projectos de cooperação entre a China e os países de língua portuguesa e para as próprias empresas desses paíse. (Macauhub)