Economia de Macau contrai-se de Janeiro a Março após 10 trimestres consecutivos de crescimento

4 June 2019

A economia de Macau registou uma contracção de 3,2% reais em termos homólogos no primeiro trimestre de 2019, pondo termo a uma série de 10 trimestres consecutivos de crescimento, informaram os Serviços de Estatística e Censos.

A pressão da desaceleração económica intensificou-se, principalmente devido ao enfraquecimento da procura global, reflectindo-se na insuficiente dinâmica de crescimento, pode ler-se no comunicado divulgado segunda-feira.

A procura externa abrandou de forma significativa no primeiro trimestre, com as exportações de serviços a terem registado uma quebra de 0,3%, com destaque para as descidas de 0,6% nas exportações de serviços do jogo e de 0,3% nas exportações de outros serviços turísticos, enquanto as exportações de bens diminuíram 1,8%.

A procura interna continuou a enfraquecer, com um recuo anual de 9,4%, arrastado essencialmente pela acentuada queda do investimento em activos fixos, tendo a despesa de consumo privado e a de consumo final do governo registado subidas de 2,1% e 4,1%, respectivamente, compensando parte do declínio verificado na desaceleração económica.

O deflactor implícito do Produto Interno Bruto (PIB), que mede a variação global de preços, registou um crescimento anual de 3,2%, ainda segundo aqueles serviços.

A formação bruta de capital fixo no primeiro trimestre observou um recuo anual de 31,7%, arrastado principalmente pela contracção anual de 37,5% no investimento em construção, se bem que o investimento em equipamento tenha aumentado 4,5%.

O investimento público, uma vez completada a construção da Zona de Administração de Macau na Ilha Fronteiriça Artificial da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, na qual o governo investiu fortemente, caiu 82,3%, com o investimento e equipamento a contrair-se 75,6%.

O investimento privado, por seu turno, não apresentou sinais de melhoria, baixando 15,0% em termos anuais, realçando-se a descida de 20,4% no investimento em construção, quer devido à conclusão sucessiva das obras dos grandes empreendimentos, quer em consequência do reduzido número de projectos iniciados recentemente, embora o investimento em equipamento tenha subido 11,3%. (Macauhub)

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