O Chefe do Executivo nomeado para o V Governo da Região Admnistrativa Especial de Macau (RAEM) disse quinta-feira em Pequim estar determinado a aplicar o princípio “um país, dois sistemas”, segundo informação oficial.
Ho Iat Seng, ao efectuar um balanço da sua visita a Pequim, expressou satisfação pelo facto de ter sido recebido pelo Presidente Xi Jinping e mostrou-se agradecido pelo apoio que o Governo Central lhe tem concedido.
Referiu igualmente que, no passado, deslocou-se várias vezes a Pequim para participar nos trabalhos do Comité Permamente da Assembleia Nacional Popular, o órgão supremo do poder estatal, que incluem a supervisão das tarefas do governo, dos tribunais e da procuradoria e a tomada de decisões relativamente ao desenvolvimento nacional, tendo estado envolvido igualmente na apreciação e revisão das leis do país.
Agora, chegou à capital na qualidade de Chefe do Executivo eleito, o que por si só significa já uma mudança do seu papel, ou seja, passa de deputado a administrador, da pessoa que supervisiona àquela que é supervisionada e que tem de assumir responsabilidades perante o Governo Central e a população de Macau.
Ho Iat Seng considerou que, nos últimos 20 anos, o desenvolvimento da RAEM foi acompanhado de estabilidade social e, desse modo, é seu objectivo garantir a aplicação do princípio “um país, dois sistemas” e “Macau governado pelas suas gentes” com alto grau de autonomia.
Ao ser questionado sobre os objectivos a serem concluídos no mandato de cinco anos, Ho Iat Seng indicou que, tal como mencionava o seu programa político de candidatura, focar-se-á em cinco vertentes, nomeadamente elevação da eficiência da Administração Pública, promoção do desenvolvimento da diversificação adequada da economia, optimização da eficácia das iniciativas em prol da qualidade da vida da população, reforço na atracção de quadros qualificados e melhoria do intercâmbio para o desenvolvimento cultural.
Relativamente à introdução de eleições por sufrágio universal em Macau, Ho Iat Seng salientou que a Lei Básica define um regime de nomeação para a Assembleia Legislativa, pelo que não irá proceder a mudanças para a eleição dos deputados.
Já no que concerne à eleição por sufrágio universal para o cargo de Chefe do Executivo, não excluiu a hipótese de seguir essa direcção e objectivo, embora tenha assumido a ausência, por enquanto, de um calendário para o efeito. (Macauhub)