Introdução de portagens na EN6, em Moçambique, adiada para 1 de Janeiro de 2020

4 December 2019

Os preços das portagens da Estrada Nacional Número 6, que liga a cidade central e portuária da Beira a Machipanda, fronteira com o Zimbabué, vão ser reduzidos e a sua entrada em vigor adiada para 1 de Janeiro de 2020, anunciou o Fundo de Estradas de Moçambique.

Da Beira até Machipanda, uma estrada com 287 quilómetros de extensão, foram montadas três portagens, sendo que o valor das taxas varia entre 720 meticais (11,1 dólares) e 5410 meticais (83,6 dólares), dependendo da classe dos veículos.

Para o caso de transporte de passageiros, a viatura que fizesse todo o percurso Beira – Machipanda teria de pagar 1500 meticais (23,2 dólares), um valor que, segundo o jornal O País, complicaria as contas dos transportadores das províncias centrais de Sofala e Manica.

Representantes dos transportadores das duas províncias deslocaram-se a Maputo para, junto do Fundo de Estradas, procurar encontrar uma solução para o problema, tendo o presidente da Associação dos Transportadores de Sofala, Ernâni Silva, que representou também os de Manica, revelado que o encontro foi positivo e “vai beneficiar ambas as partes.”

Se o adiamento teve uma aplicação imediata, as novas taxas de portagens na EN6 terão de passar pelo Conselho de Ministros, órgão que aprovou as primeiras que foram alvo de contestação.

A Estrada Nacional Número 6 funciona como um corredor que dá acesso ao porto da Beira aos países do interior, facto que explica o grande movimento de camiões de carga diversa, incluindo combustíveis.

Com um custo de 410 milhões de dólares, financiados pelo Banco de Exportações e Importações da China e pelo Governo de Moçambique, as obras de reparação e alargamento iniciaram-se a 1 de Abril de 2015, tendo a empreitada sido entregue à empresa chinesa Anhui Foreign Economic Construction (Group) Co., Ltd. (Macauhub)

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