Economia de Cabo Verde crescerá 5,2% em 2019, FMI

17 December 2019

A economia de Cabo Verde deverá crescer à taxa de 5,2% em 2019, depois de ter registado um crescimento de 5,7% no primeiro semestre do ano, segundo o relatório elaborado pela missão de avaliação do Fundo Monetário Internacional divulgado segunda-feira em Washington.

A missão, chefiada por Malangu Kabedi-Mbuyi, realizou uma visita à Praia e à ilha da Boa Vista entre 3 e 16 de Dezembro de 2019 com o intuito de manter contactos com as autoridades no âmbito da primeira avaliação do programa de Cabo Verde sustentado no Instrumento de Coordenação de Políticas (PCI).

O documento refere que a inflação permaneceu baixa, sendo a previsão para o final do ano de 1,0%, que a posição externa continuou a melhorar em 2019, reflectindo um bom desempenho contínuo das exportações de bens e serviços, principalmente do turismo, e crescimento das remessas, bem como a desaceleração das importações.

As previsões para 2019 apontam para uma diminuição do défice da conta corrente para 2,5% do Produto Interno Bruto em 2019, face aos 5,3% do PIB em 2018, e espera-se que as reservas internacionais se situem acima dos cinco meses de importações de bens e serviços.

“A posição orçamental deverá apresentar novas melhorias em 2019 e 2020, a arrecadação de receitas melhorou em comparação com o ano anterior, embora se tivesse situado ligeiramente abaixo das previsões, decorrente principalmente do efeito negativo da desaceleração das importações sobre o respectivo imposto sobre o comércio internacional, e a atrasos nos desembolsos de donativos”, pode ler-se.

O FMI prevê um défice de 1,7% do PIB no Orçamento Geral do Estado para 2020, sustentado na previsão de um sólido crescimento económico continuado e a execução de medidas que visem ampliar a base tributária, melhorar o cumprimento das obrigações fiscais, melhorar a eficiência das agências responsáveis pela arrecadação de receitas e reforçar a gestão de despesas de investimento.

Os membros da missão afirmaram ainda que os esforços de consolidação orçamental, juntamente com avanços nas reformas das empresas públicas, deverão contribuir para levar o stock de dívida pública para cerca de 119% do PIB em finais de 2020. (Macauhub)

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