Os devedores do Banco de Poupança e Crédito (BPC) têm até 28 de Fevereiro corrente para regularizarem os pagamentos em atraso ou serão incluídos numa lista de devedores que será divulgada publicamente, disse na passada semana em Malanje o presidente do conselho de administração do banco estatal angolano.
André Lopes, no final de um encontro com o governador da província de Malanje, chamou a atenção dos devedores para solucionarem a questão dos créditos em incumprimento nas diferentes agências do banco, acrescentando que as vias para a resolução do problema “passam necessariamente pelo pagamento total ou parcial da dívida.”
O gestor apontou como possibilidades para os devedores saírem do incumprimento, o estabelecimento de acordos assentes no prolongamento do período de amortização do crédito, renegociação das taxas de juro, perdão total dos juros de mora ou o perdão de 50% dos juros corridos.
O crédito malparado do banco atingiu, no ano passado, 1118 mil milhões de kwanzas (2,2 mil milhões de dólares), dos quais apenas 47 mil milhões de kwanzas foram regularizados, lembrou André Lopes nas declarações proferidas em Malanje.
Um diagnóstico realizado pelo Conselho de Administração que chegou ao banco em Junho do ano passado, presidido por André Lopes (antigo presidente do Banco Yetu) “confirma a necessidade de injecção de capital adicional por parte dos accionistas.”
O Banco de Poupança e Crédito tem por accionistas o Estado angolano, representado pelo Ministério das Finanças (75%), o Instituto Nacional de Segurança Social (15%) e a Caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas (10%). (Macauhub)