O contributo do Banco de Fomento Angola (BFA) para o resultado consolidado do Banco BPI em 2019 ascendeu a 78,9 milhões de euros, um aumento de 8,0% relativamente aos 73,2 milhões de euros contabilizados em 2018, segundo um comunicado divulgado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários de Portugal.
O comunicado acrescenta ter o Banco Comercial e de Investimentos de Moçambique contribuído com 18,7 milhões de euros, uma quebra de 11,1% quando comparado com os 21,1 milhões de euros registados em 2018.
O Banco BPI obteve um resultado líquido consolidado de 327,9 milhões de euros em 2019, valor que representa uma redução de 33,0% face aos 490,6 milhões de euros de 2018, tendo o resultado líquido apurado em Portugal caído 42,0% para 230,2 milhões de euros.
No decurso de um encontro com a imprensa para divulgar os resultados de 2019, o presidente da Comissão Executiva, Pablo Forero, anunciou continuar o Banco BPI a seguir a recomendação do Banco Central Europeu de reduzir a sua participação no capital do angolano BFA mas não tem uma data-limite para o fazer.
O Banco BPI, do espanhol CaixaBank, é dono de 48% do BFA, que tem ainda como accionista Isabel dos Santos, empresária angolana que tem os seus bens e contas bancárias arrestados em Angola e é arguida num processo em que é suspeita de alegados desvios de fundos, nomeadamente da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol). (Macauhub)