Grupo turco OYAK interessado nas rochas vulcânicas de Cabo Verde

7 February 2020

O grupo turco OYAK (Ordu Yardimlasma Kurumu) pretende investir em Cabo Verde na extracção de pedra-pomes, rochas de origem vulcânica com utilização na indústria da produção de cimento, informou o gabinete do primeiro-ministro em comunicado divulgado na Praia.

Ulisses Correia e Silva recebeu quinta-feira o presidente do grupo turco, informando a nota que “abordámos o interesse na exploração da pedra-pomes de Santo Antão e em outras áreas de negócio, para recordar que o grupo é proprietário da empresa produtora de cimento Cimpor, tanto em Portugal como em Cabo Verde.

A extracção de pedra-pomes no Porto Novo remonta ao período colonial, mas está paralisada há mais de seis anos, quando em Junho de 2013 a empresa Cabocem, de investidores italianos, para produzir cimento pozolânico, encerrou.

A Cimpor foi vendida ao grupo turco pelos brasileiros da Intercement em Janeiro de 2019, que pagou 700 milhões de dólares, sendo que de imediato venderam 40% da empresa por 640 milhões de euros à Taiwan Cement Corporation.

Na altura, a OYAK e a Cimpor adiantaram que o fundo turco “integrará no seu portfólio as três fábricas e as duas moagens de cimento, as 20 pedreiras e as 46 centrais de betão localizadas em Portugal e em Cabo Verde”, mantendo-se a marca Cimpor “intacta.”

Devido à sua riqueza em silicatos vítreos, a pedra-pomes é considerada uma rocha sedimentar de natureza ácida, contendo um elevado teor de sílica reactiva, capaz de reagir com o hidróxido de cálcio, dando origem a silicatos de cálcio hidratados, responsáveis pela resistência mecânica do cimento. (Macauhub)

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