Dezasseis dos 29 hotéis e pensões de Macau que haviam encerrado devido à ameaça do COVID-19 retomaram a actividade, anunciou quinta-feira Inês Chan Lou, dos Serviços de Turismo de Macau.
Entre os hóteis que reabriram encontram-se o Four Seasons no Cotai, Altira na Taipa e o Sofitel-Ponte 16 na península de Macau.
A abertura coincidiu também com o reinício de operações em 29 dos 39 casinos de Macau que, a partir de agora, estão com medidas excepcionais de segurança sanitária e controlo de movimentos de clientes e trabalhadores.
Entretanto, a Companhia do Aeroporto de Macau (CAM) deu a conhecer que entre 1 e 16 de Fevereiro o número de passageiros diminuiu 80% e o de movimento de aviões 70%.
O director dos Serviços de Saúde de Macau, Lei Chin Ion, disse ter sido possível, de momento, reduzir os riscos da epidemia mas alertou para a necessidade de os residentes continuarem a tomar medidas preventivas contra a propagação do COVID-19, nomeadamente mantendo-se em casa, sempre que possível, e usar máscaras.
Há 16 dias consecutivos que não se regista nenhum novo caso de COVID-19 em Macau e dos 10 indivíduos que contraíram a doença seis já tiveram alta hospitalar.
O governo determinou ainda que visitantes que sejam provenientes das províncias de Guangdong, Henan, Zhejiang e dos municípios de Pequim, Chongqing e Xangai, zonas onde existe o COVID-19, passam a ser alvo de exames clínicos à entrada na Região Administrativa Especial de Macau.
Os residentes de Hubei estão proibidos de entrar em Macau desde a eclosão da epidemia a não ser que apresentem um atestado hospitalar a confirmar que não têm o vírus.
Também desde quinta-feira milhares de trabalhadores não-residentes que trabalham em Macau, mas vivem no município vizinho de Zhuhai, só podem entrar no território com um atestado hospitalar que indique que não estão afectados pelo COVID-19 ou serão colocados em quarentena.
As escolas e universidades continuarão encerradas à semelhança do que acontece com museus, bibliotecas, cinemas, transportes marítimos para Hong Kong, bares, saunas e estádios desportivos.
O Festival Literário de Macau, que deveria realizar-se em Março, foi cancelado, à semelhança do ocorrido com o Festival de Artes de Macau.
O governo de Macau reiniciou segunda-feira a sua actividade mas apenas para casos urgentes que, no entanto, necessitam de marcação prévia de modo a evitar a aglomeração de pessoas nas repartições públicas.
Depois encerradas durante 15 dias, as repartições públicas abriram com pessoal reduzido e com a obrigatoriedade dos utentes preencheram um documento electrónico, disponibilizado pelos Serviços de Saúde, no qual os utentes indiquem o seu estado de saúde.
O governo obriga ainda a que todos os funcionários e utentes dos serviços públicos usem máscaras ao entrar nas instalações. (Macauhub)