A edição de 2019 do Fórum Internacional de Macau sobre Cooperação Ambiental (MIECF) irá beneficiar da experiência portuguesa na área ambiental e da fiscalidade verde, recolhida numa visita de intercâmbio da região do Pan-Delta do Rio das Pérolas a Portugal.
Agostinho Vong Wai Lon, chefe da delegação empresarial e vogal executivo do Instituto de Promoção do Comércio e Investimento de Macau (IPIM), disse que esta visita surgiu na sequência de anteriores efectuadas por representantes dos governos do Pan-Delta, que pela primeira vez incluiu um representante do Gabinete para a Política da Região da Grande Baía.
“Também pretendemos que estes temas possam ser aprofundados na região da Grande Baía”, disse Vong Wai Lon sexta-feira em Lisboa à MacauHub, ao prestar declarações no final da visita de intercâmbio.
Na capital portuguesa, depois de uma passagem pelo Luxemburgo, a delegação manteve encontros com o Banco de Portugal, Agência Portuguesa do Ambiente, além da EDP – Energias de Portugal e Banco Comercial Português, ambos com capital chinês.
Houve ainda lugar a um jantar entre representantes governamentais das províncias e regiões do Pan-Delta do Rio das Pérolas e responsáveis portugueses da área das finanças e protecção ambiental.
Agostinho Vong Wai Lon disse que os objectivos foram cumpridos, passando por aprofundar o conhecimento sobre protecção ambiental e fiscalidade verde nos dois países europeus.
“O resultado que obtivemos durante esta visita é que podemos em breve, já em Março no MIECF (Fórum Internacional de Macau sobre Cooperação Ambiental), partilhar esta experiência da Europa com os participantes do Fórum”, afirmou à MacauHub.
O responsável do IPIM adiantou ainda que a política definida pelo governo da Região Administrativa Especial de Macau passa por concretizar a diversificação da economia, o que implica desenvolver “financiamento com características de Macau.”
Além do tema da protecção ambiental, a visita de intercâmbio deste ano centrou-se em “adquirir algumas informações sobre fiscalidade verde”, a tomar como referência em legislação a adoptar em Macau, adiantou o chefe da delegação empresarial e vogal executivo do IPIM.
A passagem pelo Luxemburgo deveu-se a semelhanças entre Macau e o principado europeu, nomeadamente a dimensão das economias, mas também o facto de ambas terem em comum o facto de terem passado por períodos de transformação, que no caso luxemburguês fez com que se tornasse “num centro financeiro da Europa”, segundo Agostinho Vong Wai Lon. (Macauhub)