A maioria dos países de língua portuguesa perdeu posições no índice do Relatório de Competitividade em Viagens e Turismo, recentemente publicado, com a excepção de Portugal e Angola.
No relatório bienal, elaborado pelo Fórum Económico Mundial, Portugal mantém a tendência de anos anteriores, subindo duas posições em relação a 2017, para o 12º lugar, entre 140 nações de todo o mundo, sendo o país de língua portuguesa mais bem posicionado.
Entre os vários grupos de factores considerados, Portugal obtém melhor pontuação nos de infra-estruturas e no de recursos naturais e culturais (15ª posição em ambos) e a mais baixa no da envolvente de negócios (31º).
Portugal recebe anualmente 21,2 milhões de turistas, que proporcionam receitas estimadas em 17,11 mil milhões de dólares.
No índice liderado por Espanha, França e Alemanha, o segundo país de língua portuguesa mais bem posicionado é o Brasil, na 32ª posição, um recuo de cinco posições face à edição de 2017.
O principal atractivo do sector turístico brasileiro centra-se nos recursos naturais e culturais (6º melhor do mundo), mas a pontuação geral é prejudicada pela envolvente de negócios (31ª posição).
As receitas turísticas brasileiras são avaliadas no relatório em 5,8 mil milhões de dólares, recebendo o país anualmente perto de 6,59 milhões de turistas.
Também Cabo Verde recua na edição deste ano do Relatório de Competitividade em Viagens e Turismo, cinco posições, para o 88º lugar geral.
O sector turístico cabo-verdiano, “motor” da economia do arquipélago (667 milhões de dólares de receitas anuais), tem como ponto forte as políticas para turismo e viagens (63º lugar geral) e como ponto fraco os recursos culturais e naturais (135º lugar geral).
Moçambique também recuou cinco posições, de 122º para 127º, apresentando como elemento penalizador a envolvente de negócios e como vantagem os recursos naturais e culturais (99º posição geral).
As receitas turísticas moçambicanas estão estimadas em apenas 150,5 milhões de dólares, com o país a receber 1,48 milhões de turistas anualmente.
Angola, que tem vindo a anunciar a aposta no turismo como forma de apoiar a diversificação da economia, conseguiu sair da penúltima posição ocupada em 2015 no índice elaborado pelo Fórum Económico Mundial (o país não foi incluído no estudo de 2017).
Angola surge este ano na 134ª posição, sendo considerada como grupo de factores mais favorável os recursos naturais e culturais (124ª posição geral) e como mais penalizadores a envolvente de negócios (133º lugar geral).
As receitas turísticas angolanas estão estimadas em 880,4 milhões de dólares, apesar de o país receber apenas 261 mil turistas anualmente. (Macauhub)