A crise económica global causada pelo Covid-19 deverá penalizar o crescimento económico em África, com países altamente endividados, caso de Angola e Moçambique, limitados na capacidade de responder com estímulos, segundo a Comissão Económica da ONU para África.
São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Cabo Verde tornaram-se na semana passada nos primeiros países africanos de língua portuguesa a receber ajuda da Fundação Ali-Baba, do bilionário chinês Jack Ma, para apoiar os esforços de combate à pandemia Covid-19.
A pandemia de Covid-19 mostra a importância da implementação da Zona de Livre Comércio Continental Africana (AfCFTA), que conta com adesão dos países de língua portuguesa, segundo a Comissão Económica da ONU para África (UNECA).
Cabo Verde regista o maior crescimento económico entre os países africanos de língua oficial portuguesa, na entrada para o novo ano em que é esperada uma forte aceleração da economia de Moçambique e um possível regresso de Angola ao crescimento.
Guiné-Bissau, Cabo Verde e Moçambique são dos países africanos mais abertos, em matéria de vistos, a cidadãos de outros Estados africanos, segundo a União Africana (UA) e o Banco Africano de Desenvolvimento.
A implementação da Zona de Livre Comércio Continental Africana (AfCFTA), que conta com a adesão dos países de língua portuguesa, reforça a atractividade do continente para investimentos industriais chineses, segundo Jeremy Stevens, economista-chefe do sul-africano Standard Bank com o pelouro da China.
Brasil e Cabo Verde foram dos países que mais reformas introduziram ao longo de 2018 para melhorar o respectivo ambiente de negócios, embora essa actuação tenha sido insuficiente para evitar uma descida no índice de referência do Banco Mundial.
Macau tem um papel importante a desempenhar como “centro de conhecimento” no projecto da Área da Grande Baía (AGB) Guangdong-Hong Kong-Macau, segundo alguns dos mais destacados investigadores de assuntos sino-lusófonos.
A maior parte dos países africanos, caso dos de língua portuguesa, têm vindo a facilitar a entrada nos respectivos territórios de cidadãos da China, tendo em vista aumentar o investimento e turismo, segundo um estudo do Migration Policy Institute.
A Agência para a Promoção do Comércio e Investimento (APCI) vai acompanhar uma dezena de negócios potenciais que resultaram do encontro de empresários da China e dos países de língua portuguesa, disse o director daquela agência de São Tomé e Príncipe.
A diversificação da economia de Macau centrada no relacionamento com os países de língua portuguesa é essencial para que o território encontre o seu espaço na Área da Grande Baía, disse o administrador executivo do Banco Nacional Ultramarino (BNU).
A China está presente em 8 projectos portuários, concluídos ou anunciados, em países de língua portuguesa, como construtora ou financiadora, segundo um levantamento recente do Centro de Estudos Estratégicos Internacionais.
O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) recomenda aos países africanos costeiros, entre eles os de língua oficial portuguesa, a expansão de infra-estruturas portuárias como forma de melhorar a integração no continente.
O Banco Mundial reviu em alta as previsões de crescimento económico para Angola, Cabo Verde e Moçambique, em 2019 e 2020, ao contrário do que aconteceu com a Guiné-Bissau.
Cabo Verde é um dos três países de África a sul do Saara com políticas e instituições públicas de maior qualidade, segundo a lista elaborada pela Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), do grupo Banco Mundial.
As relações económicas com África têm vindo a perder importância para os governos do Brasil, que ignoram o potencial do continente, ao contrário da China e outras economias emergentes, segundo o Instituto Brasil-África
O Banco Nacional Ultramarino (BNU) de Macau está a estudar o aumento dos apoios às mais de 40 mil pequenas e médias empresas (PME) do território, disse o presidente da Comissão Executiva (CE) do banco, Carlos Cid Álvares, em entrevista ao jornal Tribuna de Macau.
Cinco dos seis países africanos de língua oficial portuguesa fazem parte da lista de 44 estados que subscreveram o projecto de criação da zona de comércio livre do continente africano (AfCFTA), que mereceu um acolhimento geralmente positivo por parte da sociedade civil.
As trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa aumentaram 11 vezes desde a criação, em 2003, do Fórum de Macau, organismo que vem desempenhando “um papel muito importante” na globalização chinesa, afirmou a vice-ministra do Comércio da China.
O investimento directo da China nos países de língua portuguesa atingiu 50 mil milhões de dólares, disse a secretária-geral do Fórum de Macau, Xu Yingzhen, numa entrevista ao jornal Tribuna de Macau.